sábado, 14 de julho de 2007

Simplex Gestual

A seguir ao fecho de maternidades, e consequentes partos em ambulâncias e falta de cuidados imediatos adequados às mães e recém-nascidos; a seguir ao encerramento de urgências e morte de cidadãos nas ambulâncias durante o percurso até ao hospital mais próximo a km de distância; segue-se o caso de doentes considerados aptos para o trabalho.

Falo do recente caso de professores que vieram ao conhecimento público. Um dos professores, sofria de cancro na traqueia, o que o fez perder a voz; e ainda assim a Caixa Geral de Aposentações recusou-lhe a reforma, tendo vindo a falecer devido ao estado avançado da doença. A outras duas professores, ambas com cancro, também lhes foi recusada a reforma, e consideradas aptas para o serviço, sendo que uma já faleceu e a outra foi avaliada por junta médica composta por reumatologistas.

Não seria lógico a junta médica ser composta por especialistas da área clínica de que os avaliados padecem, a fim de aferir com rigor e carácter médico a gravidade, avanço da doença, e incapacidade para o trabalho? Sendo que na profissão de professor, o ensino passa através da voz; como será possível leccionar sem a mesma?

Será a linguagem gestual o próximo passo do simplex?

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