quinta-feira, 26 de julho de 2007

Pedófilos na Net

O conhecido "MySpace", espaço virtual na Internet, onde milhões de pessoas (maioritariamente jovens e adolescentes) se dão a conhecer expondo dados pessoais e fotografias; tem registados mais de 29 mil predadores sexuais, identificados, segundo revelaram os procuradores de oito Estados norte-americanos que têm lutado para que o "MySpace" forneça os dados de utilizadores condenados por delitos sexuais com menores. Segundo o procurador-geral do Estado da Carolina do Norte, Roy Cooper, esta contagem inclui apenas os predadores que se registaram com os nomes reais e que constam das bases de dados das autoridades, excluindo os que utilizam nomes falsos ou que não foram acusados. O MySpace tinha identificado 7.000 predadores on-line, bloqueando as suas contas. Uma das medidas propostas pelos Estados, para proteger os utilizadores do "MySpace", é a obrigatoriedade da aprovação parental para utilizadores com menos de 18 anos; sendo que a Justiça americana pretende ainda agravar as penas para os predadores sexuais que utilizem a Internet como meio para estabelecer contactos, e proibir os condenados por delito sexual a aceder a este tipo de sites.

A Internet veio permitir inúmeros benefícios, contudo é também um meio rápido e fácil de promover todo o tipo de mentiras, pois que é usada para os mais diversos fins. O problema não são apenas os predadores identificados, mas sim, os que se mascaram atrás de falsas identidades para conseguirem ganhar a confiança dos mais ingénuos e perpetrar os crimes que lhes move a alma. O problema passa também pela quantidade de fotografias e dados pessoais publicadas pelos seus utilizadores. Jovens e adolescentes que colocam fotografias suas, evidenciando partes do corpo e promovendo o mesmo sem qualquer limite. Jovens e adolescentes que não conhecem o respeito por si próprio, e entram na industria do sexo sem se darem conta. Basta navegar no "MySpace" para sabermos mil e um pormenores sobre os mais incautos, onde vivem, quais os seus gostos, e quem são, através das inúmeras fotografias e dados partilhados. Talvez pensem que o mal só acontece aos outros, talvez pensem que do outro lado do mundo ou mesmo aqui na vizinhança, não haja mal que bata à nossa porta. Certamente os pais destes jovens não conhecem o carácter das páginas publicadas pelos seus filhos; e como confirmar pela Internet que quem dá a autorização é de facto pai destes jovens? Como detectar a tempo, que o inofensivo amigo virtual é na realidade um delinquente sexual à procura de uma vitima? Muitos descobrem-no tarde demais, e após o mal consumado.

A Internet serve assim também de antro a gente louca que pode deste modo dar asas ao seu verdadeiro interior. Basta navegar um pouco pela Internet e temos acesso a inúmeras páginas sobre os mais diversos temas, sendo a Internet um mundo livre para toda e qualquer comunicação. Cada um promove as suas ideias e dá-as como certas, normais, saudáveis e a seguir. Vivemos numa sociedade em que tudo é permitido, em que a liberdade se confunde com libertinagem, e em que todos querem direitos sem deveres; numa sociedade onde tudo é aceite e quem vive segundo princípios, valores e regras é que é preconceituoso, anormal e olhado como gente estúpida que não sabe o que é viver. Para muitos viver significa satisfação dos seus desejos e impulsos como se de animais se tratassem, ou como se os demais fossem objectos para sua diversão sem importar o ser humano como pessoa digna e merecedora de respeito. Pessoas que não têm qualquer respeito por si próprios, também não o reconhecem nos demais. Mas aqui há uma distinção a fazer; pois há quem sofra de parafilias e quem seja simplesmente promiscuo. Contudo uma está a um pequeno passo da outra.
Felizmente para muitos a Vida não é sinónimo de futilidade, perversão nem promiscuidade, nem usa os meios disponíveis da tecnologia para fazer o mal a quem o rodeia. Mas tudo isto importa a muito pouca gente, pois é proclamada a liberdade, e o povo contenta-se com "desde que não seja comigo"...

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