terça-feira, 10 de julho de 2007

Penas Eternas

São várias as histórias de acidentes mortais, e embora muitas delas tenham chegado à Justiça, essa parece não ter existido.
O caso remonta a Outubro de 2003, em que um jovem (já outrora punido por condução sem habilitação legal), voltou a tomar o volante por certo. Contudo, desta vez não ia sozinho. O jovem conduzia uma carrinha de 2 lugares, transportando consigo vários amigos na caixa de carga.

Ao todo eram 7 jovens. 2 morreram.

Incompreensível o facto dos amigos aceitarem ser conduzidos por alguém sem carta de condução; tendo no entanto mais tarde, pedido ao condutor para interromper a viagem, mas este não o fez. Ainda mais incompreensível, a atitude do jovem condutor; que ao entrar em despiste, e tendo-se soltado a porta da caixa de carga que terá projectado os jovens para a estrada; tivesse pedido a estes que o ajudassem a colocar novamente a carrinha em marcha, sem querer saber se alguém estava ferido. Foi informado por alguns dos jovens que havia feridos e talvez até mortos...mas como não possuía carta de condução, a sua preocupação residiu nesse factor, e abandonou os companheiros de viagem.

Para o dignissimo magistrado, que decidiu por uma pena efectiva de prisão de 4 anos, serviu como agravante o facto do jovem já ter cadastro por conduzir sem carta. Referiu o juiz, que para os delinquentes de tráfico rodoviário, a pena curta privativa de liberdade pode ter uma eficácia curativa. Foi assim o arguido punido pelo crime de homicídio negligente e pelo crime de condução sem habilitação legal. Foi ainda absolvido de dois crimes de omissão de auxílio. O arguido recorreu por duas vezes do acórdão, sem efeito, entendendo a defesa que a pena é pesada, desproporcional e injusta! O arguido terá ainda justificado a sua atitude pela imaturidade decorrente dos 22 anos, à altura do acidente.

Para agravante dos amigos falecidos, a pena é eterna...



Relembrando outro caso, ficam as imagens:















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