sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Penso Racista

Em mais um momento iluminado e inspirado, a jornalista Fernanda Câncio manifestou-se contra a cor dos pensos rápidos, uma vez que a maioria só existem em cor bege ou cor de pele, ou seja, apropriados a quem tem pele branca, afirmando mesmo que «é esquecer que há no mundo muitas mais peles que as habitualmente denominadas por branca», e que importa corrigir a «recusa da diversidade do mundo».
A mim é que quase me faltam palavras para comentar tão brilhante preocupação de quem não deve ter mesmo mais nada com que se preocupar. Que eu saiba a raça caucasiana apresenta diversas tonalidades, dos mais pálidos aos mais morenos, e ainda ninguém se queixou de querer um penso adequado ao seu tom de pele estilo base ou pó de arroz. Era lindo passarmos a ir comprar pensos rápidos à farmácia e andarmos a testar a cor desde o bege natural 4 da Revlon ao Dream Matte Mousse da Maybelline...
Não há mesmo mais nada nesta vida e neste país com que nos preocuparmos? Agora até um penso rápido é produzido de forma discriminatória e serve de discussão de racismo... Por favor, haja dó! Queria ver se alguém iria dizer que os pensos coloridos para as crianças são uma forma de discriminar as «brancas».
O que era bom mesmo era meter um penso rápido a tapar a boca de muita gente...

Estrada Segura

Em Espanha, Lérida, as prostitutas de rua pagam multa se andarem por estradas e auto-estradas sem colete reflector...isto porque devem cumprir o código de estrada, ou seja, a polícia esclareceu que os peões que circulem fora das localidades têm de usar colete reflector para advertir os condutores da sua presença - de peão, não de prostituta, claro - assim passaremos a ver prostituição na rua à mesma, mas de forma «segura»...só falta colocar os pinos à volta para proteger a actividade dos condutores...
Em vez de se mandar fora o lixo, promove-se o mesmo, é só contornar a questão.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Onde vai este mundo parar?

Nos EUA - claro - foi criado um campo em género de colónia de férias para crianças. Nada mais normal e saudável não fosse o campo ser destinado a crianças transgéneras...ou seja, que não se identificam com o sexo com que nasceram. Aqui rapazes e raparigas podem dar asas à imaginação, serem elas próprias (no dizer das famílias, educadores e apoiantes) e viverem durante o tempo que estão no campo como gostariam de viver perante a sociedade e sua própria realidade. No meu entender a falta de valores é tão grande que se chegam a aberrações destas. Criar campos para estas crianças se sentirem elas próprias e bem consigo mesmas praticando diversas actividades com as quais se identificam e não podem praticar no mundo real (como por ex. meninos a pintar as unhas e a vestirem vestidinhos de tule em desfiles de moda, e meninas pintadas com bigode) é fomentar a anormalidade, a falta de valores morais e a libertinagem com que este mundo se vem deparando sem fim. Normal hoje em dia é termos de aceitar homossexualidade, travestis e transgéneros como se quem não o é, fosse uma aberração. Aqui se vê o caminho proposto pelos papás e educadores que criam, publicitam e fomentam a frequência nestes «campos» dos seus filhinhos que em vez de um par de galhetas (ah desculpem, uma palmada já não é um correctivo, agora é visto como um espancamento e não se pode dar um tabefe na criancinha) recebem um par de vestidinhos e são encaminhados para um campo de aberrações para se sentirem bem com eles próprios neste mundo «cruel» que não vê com bons olhos o meu filhinho vestido de menina. Faz lembrar as paradas em que um bando de aberrações desfila pela cidade e os demais têm de aceitar e permitir este espectáculo doentio. Se os «normais» deste mundo não andam a desfilar empoleirados em andores e vestidos como gente doente porque será que temos de aceitar esta nojice a desfilar pelas nossas ruas? Não, não levem as crianças ao médico, nem as tratem, incentivem-nas e levem-na a exprimir a sua confusão mental num campo destinado a tal. Hoje já não se vai ao circo ver aberrações, temos campos próprios para fazer crescer e desenvolver as nossas crianças como uma (aberração). O menino quer um vestidinho, não o vamos contrariar; a menina quer ser o Manuel não a vamos educar, vamos sim levá-los a serem aberrações. Deus ao dar-nos o dom da vida enganou-se no sexo que devíamos ter, vamos mudar as leis e a natureza porque não se trata de um distúrbio, mas sim de uma opção de vida a louvar! O menino quer o menino tem e os outros que aceitem porque o normal hoje em dia é ser anormal. 

Só sei que já não se fazem homens nem mulheres como antigamente, tudo está perdido.Onde será que este mundo vai parar?!

domingo, 19 de setembro de 2010

O Triunfo dos Porcos

Acabei de ler «O triunfo dos Porcos» de George Orwell, um excelente romance em forma de sátira à comunista União Soviética. Tudo começa quando os animais fartos de serem explorados pelo Homem desejam tomar as rédeas das suas próprias vidas idealizando uma vivência digna, justa e igualitária. Um velho porco idealiza uma Revolta na quinta onde viviam e assim se inicia um sonho concretizado mais tarde por todos os animais da quinta. No entanto, tamanha foi a ambição que rapidamente faz surgir um líder que após a vitória sobre o dono da quinta, estabelece um conjunto de regras - Mandamentos - a serem cumpridos. Só que o líder exacerbado pelo poder, acaba por destruir tudo aquilo que outrora tinha sido idealizado, alterando os Mandamentos conforme os seus próprios interesses, espezinhando os princípios que pretendera seguir e conseguindo levar todos a obedecer sem o questionarem, uma vez que ninguém se atrevia a contradizer o líder ou eram demasiado incultos para o fazer. Depressa a liberdade idealizada se transformou numa ditadura.
Com o passar do tempo, o líder vai afastando da comunidade os animais que lhe podem fazer frente e vai criando um autêntico exército de pupilos dispostos a morrer em seu nome. Deste modo, o líder vai sendo moldado pela corrupção, conspiração e pela própria ganância, tornando-se igual ou pior àqueles contra quem tinha lutado, já não se conseguindo distinguir os porcos dos homens. Assim foi destruído todo o ideal da Revolta e todo um sonho, de si inconcretizável neste mundo, ou pelo menos por uma «vara de porcos».

Obrigada sua ursa por me teres cedido tão brilhante livro! Bem disseste que ia gostar de uma história em que os animais falassem ;)

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Ciganos d'Latão

Para além de se tratar de uma questão de dignidade, trata-se ainda de uma questão de humanidade. Nicholas Sarkozy, actual Presidente da França fez o que muitos não tiveram coragem para tentar sequer embora certamente o desejassem: a deportação dos ciganos da França aos seus países de origem. Vários outros países da Europa já se pronunciaram contra esta retirada, tendo o presidente francês ironizado com a desgraça alheia e sugerindo que quem o criticou acolhesse tais criaturas.
Realmente trata-se de um caso muito sério e por várias razões. Uma delas porque a maior parte deste clã não pretende trabalhar mas sim viver às custas de um qualquer Estado, dedicando-se a actividades menos licitas ou de mendicidade; depois porque não pretendem viver de maneira civilizada por mais que sejam criadas condições para tais, e ainda porque vão andando de país em país e quem tem de cuidar da sua situação é o último onde eles se refugiam.

Na verdade entendo que os seus países de origem é que devem cuidar dos seus nacionais e dar-lhes condições de vida, não sendo os outros Estados a terem de sustentar e arranjar solução para os problemas de vida que outros se desresponsabilizaram. Portugal também tem enfrentado o mesmo problema, recebendo clandestinos que mendigam nas nossas ruas e por quem ninguém se interessou, a começar pelo seu próprio país.

Neste momento já não poderá interessar a nacionalidade dos intervenientes, até porque as novas gerações já terão outra nacionalidade que não as dos seus pais; mas sim deverá interessar uma politica europeia que trate de conjuntamente dar resposta às necessidades humanas. E a já não ser possível arranjar uma «Alcatraz» para cada grupo e categoria que não queira viver segundo as regras do país que os acolhe, a solução terá mesmo de passar por um conjunto de esforços de todas as nações. Não só os países de origem têm a obrigação de cuidar dos seus e de serem capazes de dar resposta, como os países por onde tais criaturas vão deambulando tornam-se responsáveis, seja em termos de apoio social, ou em última instância, em termos criminais. O que não podemos fazer é atirá-los ao mar nem fingir que não existem.

Assim, quem não gostou nada foram os ciganos que disseram viver melhor em França...vá-se lá perceber por quê...onde tinham direito a uma mensalidade e a comida!

A discussão para a deportação teve diversas origens: nacionalidade, distúrbios, criminalidade, mendicidade, subsídios e apoios sociais, pensões, despesa pública, etc.

No entanto torna-se caricato a solução extrema ter partido de Sarkozy, cujo pai era Húngaro... Deste modo Sarkozy também não se pode gabar de ter origens puras francesas...uma vez que a levar a extremos a sua nova e recente politica também ele poderia ser deportado...para Bucareste!

Para uns existem os «ciganos d'ouro», para outros são todos de latão...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

House of Saddam

Passou na Tvi o filme «House of Saddam» que tive a oportunidade de ver. Claro que este filme não é originário do Iraque, e muito menos foi escrito ou pensado por iraquianos, mas sim por ingleses. Ao menos não foi produzido por americanos. Mesmo contendo muito do horror vivido por iraquianos e americanos, ainda assim não será seguramente fiel aos verdadeiros acontecimentos que marcaram a história e deram um novo rumo ao Iraque. Não sendo apologista de guerras, nem santas nem menos santas, e considerando toda e qualquer guerra bárbara e sanguinária, entendo que os países devem sim estar unidos de forma a se apoiarem nos mais elementares princípios humanos. Mas não apoio invasões em nome da reposição da liberdade, e muito menos em nome de uma qualquer nação que se considera superior às demais e pretende à lei da bala impor o seu modo de vida. Todas as culturas, povos e línguas devem ser respeitados, devendo-se sim tentar-se incutir o princípio da vida e não da morte, da tortura ou da mutilação; mas nunca pela força. Não temos de nos tornar aliados a quem nunca nos apoiou em coisa alguma, não temos de enviar homens para a morte em nome de decretos e leis promulgados por quem está confortavelmente sentado e refastelado. Também não se pode pretender tal como Saddam Hussein que «a lei é tudo o que eu escrever num papel».

No final do filme não são passadas imagens do enforcamento de Saddam Hussein, mas por imensos sites é possível encontrar vídeos e fotografias de Saddam Hussein morto, bem como dos seus filhos Uday e Qusay. Já todos sabemos que os filhos descobertos e foram mortos pelas tropas americanas numa troca de tiros por não se terem rendido, e já todos sabemos que Saddam Hussein foi julgado e condenado à forca. Os defensores de Saddam Hussein pretendiam que este fosse julgado por juízes de várias nacionalidades, enquanto outros pretendiam que enfrentasse um julgamento pelo próprio povo iraquiano. Como sabemos não houve cadeiras para quaisquer juízes de outros países, mas para o julgamento ter a direcção dos americanos houve bancadas que sobrassem.


Por mais monstruosos que estes homens pudessem ter sido, eram homens, que cresceram noutra época, que acreditavam nos seus próprios princípios, ou até falta deles, e mesmo que merecessem ser julgados e condenados, algo que defendo é a vida humana. Se são monstruosas as acções destes homens, monstruosas também são as imagens que alguém fez circular na Internet como os seus corpos mortos. Monstruoso é alguém regozijar-se pela morte de alguém e fazer de tal acontecimento um festim.


Também sabemos que decidiram derrubar as estátuas de Saddam Hussein, destruindo-as por completo. Para mim outra monstruosidade. Estas imagens e estátuas fizeram parte da história, e deveriam estar num museu. Também Auschwitz é hoje um museu, não foi derrubado porque faz parte da história, é hoje um local de visita, de conhecimento e de memória por todos os que lá pereceram às mãos de outros ditadores. Se pretendessem derrubar os campos de concentração, seria apagar a história e fingir que nada aconteceu. Não digo que se louvem os ditadores, mas somente que não se apague a história. Acredito que cada época e país dita os seus costumes, as suas práticas, as suas crenças às quais não se pode fugir e quem não compactuar com tal, será deixado para trás...acredito que somos muitas vezes o que é pretendido ou exigido por outros, acredito que por vezes nem a nossa opinião podemos seguir e fazer respeitar. Acredito que muitos dos homens próximos de lideres tinham de os seguir incondicionalmente e mesmo assim não estariam a salvo, mas que sozinhos não iriam cometer tais actos. Outros são assim por natureza e não se importam com os demais, somente com a sua própria - de - mente.


No entanto Saddam Hussein foi o Presidente do Iraque, foi certamente um ditador aos olhos de muita gente - houve outros bem piores,- mas foi um homem e como qualquer outro homem deveria ter sido tratado com humanidade, mesmo que ele não o soubesse fazer aos demais.
A publicação de imagens e fotos tanto dele como dos seus filhos são uma afronta à dignidade humana, uma afronta a qualquer mãe que vê os corpos de seus filhos despojados, a serem gozados e humilhados perante o mundo, como motivo para festejos e copos de champanhe.
Como se pode alguém alegrar com a morte, seja ela de quem for?




Para mim é tão somente uma afronta à dignidade, uma afronta à própria vida.

domingo, 22 de agosto de 2010

Espectáculo Doentio

Neste momento, após terminar uma série de leituras sobre crime, estou a ler o livro «Doenças excêntricas e desacreditadas». Uma autêntica enciclopédia sobre doenças, seus sintomas, casos em que as mesmas se demonstraram, como foram estudadas e com que métodos. Um autêntico descalabro doentio, não só cómico como tremendamente tresloucado, relatando casos impensáveis e inimaginários que afrontam a capacidade de qualquer um acreditar que tais sintomas alguma vez ocorreram num qualquer corpo humano.
Do que já li, apresento os mais surreais:
- «síndrome de órgãos balísticos» que descreve como sintomas a descarga súbita e explosiva de órgãos corporais, com tamanha força e velocidade que poderá ser fatal. É só imaginar, um pulmão a sair disparado de um qualquer orifício corporal...
- «alongamento vestigial das vértebras caudais» que relata nascimentos de bebés com caudas...sendo o primeiro caso documentado o de Henrique III e de seu irmão François...
- «síndroma da negação espasmódica ou denegare spacticus» cujo sintoma que pode perdurar até um mês, é o abanar da cabeça em sinal de negação ao mesmo tempo que se verbaliza «não»...
O resto, só lendo para imaginar o espectáculo...

Bárbaros trastes

Terminei mais uma das minhas leituras, desta vez o livro «Enciclopédia dos Serial Killers» da Editora Paz e Guerra. E sinceramente eu que sempre fui contra a pena de morte, em certas situações passei a ser a favor. Sempre acreditei que todas as pessoas merecem defesa e são recuperáveis, mas em alguns casos assim não me parece mais.
Bichos ou monstros como Albert Fish, Edward Gein, Jeffrey Dahmer, Andrei Chikatilo e outros tantos não têm perdão algum. São simplesmente seres nojentos que cometeram os crimes mais abomináveis e repulsivos que alguma vez alguém conseguiu imaginar. Escumalha que retirou a vida a pessoas sem culpa nenhuma das suas mentes perturbadas. Escumalha cujo único fim deveria ser a morte após uma boa dose de tortura.
Bem podem refutar que são mentes perversas e fingirem-se de loucos perante um qualquer tribunal, ou pobres coitados que agem assim devido ao modo como foram criados, pela trágica infância que tiveram ou pelo modo como a sociedade os tratou ao longo da sua existência, que nada disso alguma vez poderá explicar a dimensão da sua perversidade.
Uns eram loucos como Charles Manson que era um autêntico falhado e conseguiu dominar uma série de jovens a segui-lo como se fosse um ídolo, e que ainda perduram hoje numa qualquer cadeia que lhes dá de comer e vestir.
Enquanto uns agiam sozinhos e têm hoje inúmeras seguidoras dementes tal como eles, outros contaram com o apoio incondicional de seus amantes ou namoradas de então. Neste caso falo de Charles Starkweather, um puto a quem ninguém ligava patavina, que era gozado pelos defeitos físicos com que tinha nascido e até tinha um atraso na fala e que com a idade de 19 anos uma garota de 14 anos se encanta, e segue loucamente mesmo após este lhe matar a mãe, o padrasto e a meia irmã de 2 anos, até este ser apanhado pela policia.
Ora por mais que se ame alguém, aqui nunca se poderá falar de amor, nem do jovem pela garota nem da garota pelo rapaz, aqui só existe maldade, perversão e obsessão, nada mais. Falhados que se julgam acima da lei, dos demais sem qualquer respeito pela «pessoa humana», muito menos por qualquer tipo de valores.
Temos ainda outra categoria de bichos ou monstros, como lhe queiram chamar, os canibais. Um caso verdadeiramente espantoso como horrível, foi o de um alemão que pôs um anúncio num jornal para encontrar a sua próxima vitima, e não é que o tipo recebeu 204 mensagens de loucos dispostos a serem a sua última refeição?
Para isto não há explicação possível, nem do mundo da lei, nem da psicologia, só através do mundo da loucura e da perversão.
No fundo trata-se de gente que sozinha numa vida aparentemente normal não vale nada, são completamente insignificantes entre tantos outros, mas somente quando atacam se sentem «alguém» mesmo que só consigam ser seres despreziveis e abomináveis, cujas vidas nada são nem merecem.
No entanto ainda que as suas infâncias não sejam «desculpa» para os seus cruéis actos, uma coisa é certa, analisando a infância de muitos dos mais brutais criminosos, apreendemos que a grande maioria cresceu em famílias disfuncionais e nada normais. Muitos deles foram criados por pais já de si perversos, que os violavam, gozavam, enviavam para a escola vestidos de meninas, obrigavam a ver violações e pornografia, entre outras loucuras. Deste modo nenhuma criança poderá desenvolver-se de modo saudável e tornar-se num cidadão digno e respeitado.
Recentemente nos EUA uma criança de 11 anos matou a tiro de caçadeira - oferecida pelo pai - a madrasta de 26 anos, grávida, tendo sido decidido que será julgada como adulta, muito embora as reclamações dos advogados, indicando que o crime teria acontecido num clima de ciumes em que a criança não tinha consciência dos seus actos. A ser julgada como adulto, a «inocente» criança pode ser condenada a prisão perpétua.
Tal crime, faz lembrar um outro ocorrido em Inglaterra em 1993, em que 2 rapazes de 10 anos raptaram, torturaram e mataram um bebe de 2 anos, e o deixaram numa linha de comboio na tentativa do corpo ser desfeito. Ambos os rapazes foram condenados, mas tiveram direito a uma nova identidade quando saíram em liberdade. Neste ano, um deles regressou novamente a tribunal por distribuição de pornografia infantil....
Bom seria que a teoria de Lombroso fosse compatível com a realidade e se pudesse apanhar a criança - futura criminosa - antes desta crescer e se tornar num destes seres horripilantes. Quantas vidas poderiam ser salvas e quantas crianças se poderiam verdadeiramente recuperar desde logo...mas por vezes nem o maior amor do mundo pode salva guardar aquilo em que cada um se está prestes a tornar.
E mesmo que sejamos aquilo que fizeram de nós, temos a obrigação de mudar o que está errado e de procurar ser melhores em tudo na vida. Certamente que este ideal de vida não chegou à mente de nenhum destes bárbaros trastes.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Livro de Reclamações

«São tão antigas as tentativas de desqualificar a advocacia quão antigas são as tentações para domesticar os advogados» - frase proferida pelo nosso Bastonário António Marinho e Pinto no seu artigo do mês de Janeiro de 2010 do BOA.

Mais uma vez o nosso Bastonário esteve em grande, desta vez no que concerne à tentativa da ASAE fiscalizar os escritórios dos advogados para aferir da existência de Livros de Reclamações.
Pelo modo como a ASAE tem trabalhado desde o seu início mais se poderia comparar esta à antiga PIDE, autêntica caçadora das mais (im)possíveis e (in)imaginárias infracções que pairam no (sub)consciente dos seus inspectores e agentes.

Ao que parece seria pretensão de se caracterizar os escritórios dos advogados como locais de comércio, autênticas lojas abertas ao público para compra e venda de algum aparelho, dentro de certo horário legalmente previsto.

Pois nem uma coisa nem outra, pois que a relação entre advogado e cliente não se baseia no consumo, mas sim na confiança reciproca. A advocacia não é uma actividade mercantil, não se rege por negócios mercantis, nem tão pouco visa o lucro, a ambição e a ganância sem mais. O advogado tem ainda a liberdade de decidir se aceita ou não patrocinar certo caso, havendo mesmo situações em que é sua obrigação renunciar a tal mandato; não sendo um mero comerciante que tudo faz por comprar e vender ao melhor preço. A caminhar numa visão mercantil, qualquer dia teríamos advogados a concorrer para a melhor «montra» ou «funcionário» do mês.

A advocacia visa a Justiça, a defesa dos direitos humanos e a promoção da igualdade, e ainda que tais objectivos sejam difíceis de alcançar, é esta a verdadeira motivação do bom advogado, aquele que se preocupa sinceramente com os problemas dos demais e que lhe são trazidos à sua consideração.

O bom advogado é aquele que sente as dores do seu cliente e que sente a injustiça na pele no defender de uma causa.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Injustiça

Injustiça
É o que sinto tanta vez quando nem resposta me dão
Tristeza
É o que sinto tanta vez em causas escondidas do meu coração
Silêncio
É o que sinto dentro e fora de mim por mais que me tente expressar
Solidão
É o que sinto quando recebo um calar
Abandono
É o que sinto quando vejo o partir
Vazio
É o que sinto quando olho em volta e não há um sorrir

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Amor perdido

Corpo jovem que se arrasta nas ruas sem brilhar
Coração que bate velho de tanto chorar

Que bate devagar como que vai sufocar

Que bate acelerado como que vai matar


Sol que a pouco e pouco saiu da nuvem

Sonhando para além da margem


E que hoje se volta a esconder

Esmorecido por voltar a escurecer


Triste ira que queima a saudade

Amor profundo magoado de ruindade


Lembranças de ontem, passados distantes

Lembranças de anos que parecem instantes


Dor do adeus anunciado

Por tanto egoísmo não renunciado


Valor perdido dignidade recuperada

Amor oferecido felicidade rejeitada


Pureza maltratada e insustentável

Num vicio inquebrável


Coração rejeitado cansado de sofrer

Anos passados como se nunca fosse morrer


Um dia chegará o peso da balança

Pesará o vazio da soberba pujança

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

A Morte dos Corações

A 28 de Setembro de 2009, um advogado foi baleado com dois tiros na cabeça, no seu escritório, pelo marido de uma cliente que estava a patrocinar numa acção de divórcio. O causidico ainda foi transportado aos Hospitais da Universidade de Coimbra, com vida, onde permaneceu em estado de coma até falecer, nesse mesmo dia.
É de lamentar a morte deste profissional. É de lamentar a morte em qualquer circunstância, seja ela natural ou não, seja ela cometida sobre que pessoa for. Por muito que por vezes não gostemos de alguém, a morte - nossa ou de outrem - nunca é solução para os problemas existentes.

Ao que parece, a morte resultou do ódio, da raiva, do desespero, da vingança, sabe-se lá por quais motivos. Contudo nunca existem motivos ou razões que desculpem tal acto. Quem acabou por pagar a falta de amor, de tolerância e de compreensão entre o casal, foi o advogado de uma das partes, que simplesmente teria sido contratado para resolver a questão do divórcio.

Todos serão culpados menos (em princípio) o advogado envolvido e que acabou por ter o destino traçado.

Na maioria dos casos, quando o coração aperta e não sabe entender nem aceitar o seu fim, nem se fazer compreender, reage magoado, humilhado, desesperado, revoltado e despeitado; e quem se lhe atravessa à frente, arca com toda a dor que o vem despedaçando.

Certamente que o assassino estará arrependido, pois o seu alvo seria outro, esse outro com quem o seu coração está em conflito.

Hoje em dia, os casais não sabem ser amigos nem tão pouco lutar para o mesmo lado. É cada um por si, ou melhor, um a agir por egoísmo, enquanto outro se esforça por remar pelos dois. Quando tudo se tenta em nome do amor, e no fim, se vê e sente que nada resultou nem lhe foi dado valor algum, a dor consegue corroer até à mais pequena célula de nós. Porque a dignidade tem o nosso nome, tem a nossa alma, e se a dignidade é ofendida somos nós que o somos bem cá dentro na nossa alma. E quando a alma grita de dor, tudo se torna possível, mesmo que nada desculpe a morte.

Poucos são os tolerantes, os que não acabam por «dá cá aquela palha», os que vivem a engolir desgostos e humilhações e ainda assim continuam a dar-se por inteiro, mesmo a quem não merece. Razão tem quem disse que o amor é cego, porque tudo vale a pena para quem ama, mesmo quando para a outra parte nada vale tanto a pena como algo que não somos nós.

Poucos são os que abdicam e se dedicam ao outro, estabelecendo o outro como prioridade. No entanto o anular-se a si próprio é cegueira por completo, que retira toda a dignidade só por si. Há que amar o outro, mas não acima de nós. De modo que quando não somos a escolha de alguém, devemos escolher-nos a nós próprios e aprender a gostar de nós, sem nos anularmos e rastejarmos por quem não nos ama. Porque isso não é amor. É egoísmo de quem se guia por interesses e não se importa de magoar a quem meramente diz, gostar.

domingo, 6 de setembro de 2009

Velha Página

Velha Página

Chove. Que mágoa lá fora!
Que mágoa! Embruscam-se os ares
Sobre este rio que chora
Velhos e eternos pesares.

E sinto o que a terra sente
E a tristeza que diviso,
Eu, de teus olhos ausente,
Ausente de teu sorriso...

As asas loucas abrindo,
Meus versos, num longo anseio,
Morrerão, sem que, sorrindo,
Possa acolhê-los teu seio!
Ah! quem mandou que fizesses
Minh'alma da tua escrava,
E ouvisses as minhas preces,
Chorando como eu chorava?

Por que é que um dia me ouviste,
Tão pálida e alvoroçada,
E, como quem ama, triste,
Como quem ama, calada?

Tu tens um nome celeste...
Quem é do céu é sensível!
Por que é que me não disseste
Toda a verdade terrível?

Por que, fugindo impiedosa,
Desertas o nosso ninho?
- Era tão bela esta rosa!...
Já me tardava este espinho!

Fora melhor, porventura,
Ficar no antigo degredo
Que conhecer a ventura
Para perdê-la tão cedo!

Por que me ouviste, enxugando
O pranto das minhas faces?
Viste que eu vinha chorando...
Antes assim me deixasses!

Antes! Menor me seria
O sofrimento, querida!
Antes! a mão que alivia
A dor, e cura a ferida,

Não deve depois, tranqüila,
Vendo sufocada a mágoa,
Encher de sangue a pupila
Que já vira cheia de água...

Mas junto a mim que te falta?
Que glória maior te chama?
Não sei de glória mais alta
Do que a glória de quem ama!

Talvez te chame a riqueza...
Despreza-a, beija-me, e fica!
Verás que assim, com certeza,
Não há quem seja mais rica!

Como é que quebras os laços
Com que prendi o universo,
Entre os nossos quatro braços,
Na jaula azul do meu verso?

Como hei de eu, de hoje em diante,
Viver, depois que partires?
Como queres tu que eu cante
No dia em que não me ouvires?

Tem pena de mim! tem pena
De alma tão fraca! Como há de
Minh'alma, que é tão pequena,

Poder com tanta saudade?!

Olavo Bilac, in "Poesias"

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Lawyers


sexta-feira, 12 de junho de 2009

Advogados

Era uma vez um padre, já velhinho, no leito da morte, que resolveu despedir-se dos seus amigos e familiares.

Assim começou por chamar os paroquianos e deu-lhes uma palavra de fé, coragem e ânimo, agradecendo pela ajuda e dedicação à paróquia, pedindo-lhes que rezassem por ele, e não chorassem, porque ia para junto do Pai.

Depois, chamou os seus familiares chorosos, pedindo-lhes que não chorassem nem ficassem tristes, que seguissem unidos em família e confortando-os que do céu iria cuidar de todos eles, e iria estar junto do Pai.

Chamou o seu médico amigo, e agradeceu-lhe por toda a atenção relativamente a procedimentos médicos, medicamentos e tratamentos, e que não ficasse triste, uma vez que nada mais podia fazer e que iria cumprir assim a vontade de Deus.

Chamou ainda o seu amigo notário, que tanto o ajudou a tratar de heranças de família, pedindo-lhe também que não ficasse triste pela sua partida.

No fim, pediu para chamar os seus dois advogados, que logo acorreram junto do padre.

E disse-lhes: «meus amigos, obrigado por tudo, mas chamei-vos aqui hoje porque sempre quis morrer como Jesus Cristo.»

Espantados, perguntaram os advogados: Como Jesus Cristo??? Mas que significa isso?

Responde o padre: «No meio de dois ladrões...»

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Testamento Político


«Deus não pôs os ceptros nas mãos dos príncipes para que descansem, senão para trabalharem no bom governo dos seus reinos.»




D. Luís da Cunha, célebre diplomata do reinado de D. João V.

Lingua de Advogado



«Enquanto eu tiver a espada ao lado não assinarei semelhante decreto: quero que se possa cortar a língua a um advogado que se sirva dela contra o Governo».

Napoleão, aquando do Decreto Lei de 14 de Dezembro de 1810 que restabelecia o Quadro dos Advogados e a Ordem Forense.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Nero

Tenho de confessar, não sei se sou fã de Nero ou de Peter Ustinov que interpretou a figura do Imperador Nero no filme Quo Vadis!
Já uma vez o disse a um italiano, e quase tive de fugir!
Também não é que pretenda seguir as ideias de Nero quanto aos seus «passatempos» ou que pense em incendiar o meu querido Laranjeiro ou o concelho de Almada...se bem, que talvez até fizesse falta algo do género em alguns pontos...mas que Nero foi uma figura marcante do Império Romano, isso ninguém o pode contradizer.


Nero nasceu em Âncio, a 15 de Dezembro de 37 d.C. com o nome de Lúcio Domicio Aenobarbo. Era filho de Gneu Domicio Enobarbo e Agripina. Esta era descendente da família imperial Júlio-Claudiana, sendo filha de Agripina Major e Germânico e bisneta de César Augusto. Após a morte do marido de Agripina, esta começou a pensar em como poderia elevar o seu filho ao mais alto nível; tendo para tal, seduzido o seu tio Cláudio, que era o Imperador. Após a sedução, os planos continuaram, tendo conseguido convencer o Imperador a adoptar Lúcio como seu filho, e Lúcio a casar com Otávia, filha do Imperador.

Agripina queria que o seu filho fosse Imperador...

É assim que misteriosamente em 54 d.C. o Imperador Cláudio morre envenenado... Contudo, este tinha um filho, Britânico, que seria o sucessor...mas que aparece morto no ano seguinte... Agripina tinha finalmente o caminho livre para levar ao trono o seu filho Lúcio, que recebe assim o nome de Nero Claudius Caeser Augustus Germanicus ao ser proclamado Imperador, sem oposição.

Contudo, Nero tinha herdado a maldade e perversidade de sua mãe Agripina, que morre em 59 às ordens do seu próprio filho Nero após algumas tentativas falhadas. Foram elas:
- Construção de um aposento para Agripina, cujo tecto caisse quando esta dormisse;
- Como o plano falhou, Nero mandou chamar a sua mãe que estava em Roma, para ir ao seu encontro, tratando de arranjar como meio de transporte uma embarcação, cujo fim seria naufragar; contudo este foi-se afundando tão devagarinho que Agripina se atirou ao mar nadando em busca da sua salvação. Ao chegar a terra, quando uma das suas escravas foi morta pelo exército de «resgate», fugiu por outra margem.
- Após estas tentativas falhadas, Nero decidiu denunciar a própria mãe ao Senado, por conspiração; e não satisfeito, enviou um destacamento da guarda pretoriana para a matar. Desta vez, Agripina já não pôde fugir, mas ao ser apunhalada pelos guardas, pediu que a esfaqueassem no ventre, uma vez que tinha dado à luz tal criatura monstruosa.

No ano de 62 d.C. é a vez de Otávia, esposa de Nero, morrer às ordens deste. Imediatamente Nero casa com Popeia (que era sua amante) da qual teve uma filha em 63 d.C., Claudia, que vem a falecer. Em 65 d.C. é a vez de Popeia falecer, com um pontapé no ventre, dado pelo próprio Nero, quando esta estava grávida. Devido aos remorsos de Nero, em vez de cremada conforme a tradição romana, Popeia foi embalsamada e colocado no mausoléu da família.

Diz-se ainda que mais tarde, Nero se casou publicamente com um escravo, eunuco, mandado castrado por ordem de Nero...

Mas a «desgraça» de Nero não acaba por aqui!
Enquanto Nero esteve sob a orientação de sua mãe Agripina, do seu preceptor e filósofo Séneca e do seu prefeito pretoriano Burrus, tudo parecia seguir mais ou menos controlado, dentro dos esquemas destes, que claro, nem sempre seriam os mais aconselhados. Contudo é com a influência do prefeito pretoriano Ofónio Tigelino, que Nero dá largas aos seus mais terríveis e maléficos planos!

Nero que já gostava de cometer alguns excessos e loucuras - com os seus famosos banquetes, festas, jogos de arena, teatros e músicas - ao seu influenciado por Tigelino, leva a cabo o seu derradeiro sonho de construir uma Roma à sua imagem e honra; para tal a actual Roma teria de desaparecer, e nada melhor para o fazer, do que provocar um grande incêndio delimitado a certas áreas. Assim, poderia reconstruir a cidade como bem quisesse, bem como um grandioso palácio em sua glória, de nome Casa Dourada! Conta-se que enquanto Roma ardia, Nero tocava lira e cantava desde a varanda do seu Palácio...deslumbrando com tamanhas labaredas e com o concretizar do seu sonho!

Contudo, o fogo alastra-se fortemente, e para controlar o povo alarmado, é preciso encontrar um bode expiatório que fosse considerado culpado de tamanha maldade. As novas vitimas de Nero, foram os Cristãos, que na altura se reuniam secretamente para adorar «outro» Deus que não Nero! Estava encontrado o «grupo» a quem atribuir o crime!

Após este episódio, Nero é declarado como «O anti-Cristo» pelos Cristãos, uma vez que foi durante o seu reinado que se iniciaram as perseguições a estes, e que São Pedro e São Paulo foram assassinados. O primeiro foi crucificado à semelhança de Jesus Cristo, mas de cabeça para baixo; e o segundo foi decapitado.

Após tais desaires de Nero, a sua imagem começou a provocar algum descontentamento nos populares e militares, que resultaram em diversas revoltas, dando origem a mais um incontável número de vitimas. Com o decorrer da situação, o governador Galba, decidiu rumar com o seu exército ao encontro de Nero, tendo este sido declarado nefas e persona non grata, e Galba como novo Imperador.

Assim, sem qualquer apoio da população e dos seus guardas, e uma vez que alguns destes se renderam e juntaram a Galba, e até de alguns dos seus amigos terem sido mortos ou se suicidado, Nero foi obrigado a fugir.

Ao ser perseguido pela guarda pretoriana, para não ser julgado na praça pública e morrer completamente desonrado às mãos de Galba, acabou por se suicidar, ajudado por uma sua ex-escrava, de nome Cláudia Acte, que ele próprio tinha expulso, mas que se tinha sempre mantido sempre fiel. Estávamos no ano de 68 d.C.

Nero foi o último imperador da dinastia Júlio-Claudiana.

Actualmente existem historiadores que duvidam da atribuição da culpa deste incêndio a Nero, versão que tem tido pouca aceitação.. Vá-se lá saber porquê...

Peter Ustinov, que interpretou Nero no filme Quo Vadis, ganhou um Óscar pelo seu magnifico desempenho!

Fica aqui um link, com um dos trechos memoráveis...ohhhh force divine!


P.S. - Na peregrinação que fiz no ano de 2000 a Roma, para o encontro mundial da juventude com o Papa João Paulo II; chegada a um local digno de Nero, cantei este trecho inesquecível! Só me faltou a lira...e claro, quem me ouviu, também teve de se contentar com este pequeno trecho, devido à minha garganta...
Parece contraditório com a minha religião, mas como referi, não sigo todos os passos de Nero...

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Supostamente morto e enterrado

Está instalada a confusão no cemitério de Valadares. Os protagonistas são de etnia cigana...desde logo é garantido o circo!

Frede Cardoso Marques da Rosa é o suposto falecido enterrado no dito cemitério, com uma pomposa lápide com o seu nome e com direito a fotografia!

Contudo, antes de supostamente morto, o de cujus era procurado pela justiça, carregando às costas uma série de crimes de burla.

Supostamente morto, os processos seriam extintos.


No entanto, continuam a chegar à barra do tribunal mais processos onde figura o nome do suposto falecido, recebendo a PSP mandados de detenção para o trazer à justiça!


Feita a investigação apurou-se através de uma certidão de óbito, fornecida pelo coveiro do cemitério, que o cadáver que jaz em nome de Frede, é o de seu irmão Vítor Manuel Cardoso. Facto também comprovado junto do Hospital, Conservatória do Registo Civil e Junta de Freguesia.


Quem não aprova tal situação é a família do supostamente morto e enterrado Frede que defende a todo o custo que este está efectivamente morto, e que nem sequer tem um irmão! Quem o diz é a mãe e irmã que se deslocam ao cemitério para chorar o supostamente enterrado Frede.


Gostava de ver a cara da família se o corpo fosse exumado - e feitos os devidos exames através de ficha médica, ou se esta não existir...talvez através de ficha criminal (!!!) - e aparecesse Vítor em vez de Frede....ainda deveriam ter lata para dizer que andam a chorar um desconhecido e que afinal o tão bondoso e inocente Frede está enterrado por engano em qualquer outro lugar!


Vão lá procurá-lo noutra campa...ehehehe

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Torneira Alegre

Ainda que pretendesse que este blog fosse maioritariamente dedicado aos acontecimentos da Justiça e da Nação, não posso deixar de comentar um divertido episódio, ocorrido em Itália.

O insólito aconteceu durante a 84ª edição da Festa da Uva de Marino, em que é tradição fazer-se a abertura da Festa de um modo muito peculiar: faz-se jorrar vinho branco - em vez de água - da fonte dei Quattro Mori! Um espectáculo pelo qual toda a população procede a uma contagem decrescente para a abertura da Fonte, esperando ver a chamada «transformação da água em vinho», de copo em riste!

No entanto, devido a um erro de alavancas - ou a uma brincadeira - a Fonte deitou mesmo água... Contudo o vinho não se ficou nos barris de 3 mil litros, preparados para o efeito, mas foi parar às torneiras dos 40 mil habitantes da cidade!!

Esperemos que quem tenha notado em casa o sabor da «nova» água, tenha enchido uns bons garrafões!

Pena que em Portugal continue a sair água das torneiras e de má qualidade...