quarta-feira, 4 de março de 2009

Agente Provocador

Arábia Saudita. País desenvolvido e rico do continente asiático, mas que contudo ainda com muitos obstáculos às mulheres. O caso não é assim tão importante comparado com outros países e penas degradantes aplicados aos condenados, mas ainda assim merece uma pequena critica. O «problema» tem chegado aos órgãos de comunicação. E qual é o problema? É que o contacto entre homens e mulheres é proibido em público; contudo os funcionários das lojas são homens. Assim se uma mulher quiser ir a uma loja, tem obrigatoriamente de contactar publicamente com um homem, e pior, quando a loja é de roupa interior feminina. Assim a mulher tem de escolher a sua roupa interior, sob os olhares dos homens, não podendo sequer experimentar para saber se o n.º serve. Não pode também fazer perguntas sobre cor, tamanho, modelo, feitio, porque tudo isso é contacto público com um homem e ainda por cima sobre um assunto intimo, tabu e privado nestes países.

Para nós, mulheres ocidentais, nada há de mais banal do que ir a uma loja e conversar com as funcionárias sobre a peça que queremos, experimentar a ver se fica bem, e por fim, levar o artigo desejado sem olhares reprovadores.

Agora falo-vos de agentes: Um agente provocador é aquele que provoca uma situação para apanhar em flagrante uma pessoa e dá-la como culpada do seu «crime». Este agente é proibido em Portugal. Pelo contrário, é permitido o agente infiltrado, que é aquele que se infiltra num grupo já ele criminoso e que tenta descobrir informações sobre crimes.

Para estas mulheres é como se houvesse um agente provocador a cada esquina. Porque se têm de ir a uma loja, têm de estar perante homens, pois os funcionários das lojas são todos homens. Mas depois não podem ter contacto público com homens! Muito menos falar sobre assuntos tabu como escolher uma peça de vestuário intimo! Nem podem ficar sujeitas a olhar reprovador consoante o artigo que gostariam de escolher (não vá incorrerem em algum tipo estranho de crime); mas as peças encontram-se nas lojas para venda...
Ou seja, para não se ser apanhado por um Estado «provocador» o melhor mesmo é a reclusão ou a revolução.

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