segunda-feira, 20 de abril de 2009

Torneira Alegre

Ainda que pretendesse que este blog fosse maioritariamente dedicado aos acontecimentos da Justiça e da Nação, não posso deixar de comentar um divertido episódio, ocorrido em Itália.

O insólito aconteceu durante a 84ª edição da Festa da Uva de Marino, em que é tradição fazer-se a abertura da Festa de um modo muito peculiar: faz-se jorrar vinho branco - em vez de água - da fonte dei Quattro Mori! Um espectáculo pelo qual toda a população procede a uma contagem decrescente para a abertura da Fonte, esperando ver a chamada «transformação da água em vinho», de copo em riste!

No entanto, devido a um erro de alavancas - ou a uma brincadeira - a Fonte deitou mesmo água... Contudo o vinho não se ficou nos barris de 3 mil litros, preparados para o efeito, mas foi parar às torneiras dos 40 mil habitantes da cidade!!

Esperemos que quem tenha notado em casa o sabor da «nova» água, tenha enchido uns bons garrafões!

Pena que em Portugal continue a sair água das torneiras e de má qualidade...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

A Lei da Violação

Uma nova lei aprovada no Afeganistão está a causar enorme polémica entre toda a comunidade, especialmente entre as mulheres. E não é para menos, é que esta lei permite ao marido exigir ter relações sexuais com a esposa de 4 em 4 dias, sem esta poder recusar.

Estamos claramente perante nova recusa do direito à dignidade e liberdade, promovendo-se a submissão, repressão e violação familiar.

Concordo que homem e mulher demonstrem o amor que sentem um pelo outro, mas nunca através da força e da obrigação. Para além do mais, em inúmeros países, e o Afeganistão não é excepção, os casamentos são "arranjados" e "forçados" e não realizados de livre vontade por amor e amizade, e já agora, dentro de uma idade razoável...

Certamente que quem criou esta lei absurda só pode ser um homem, daqueles donos da lei e da justiça, que rezam 5 vezes ao dia virados para Meca muito cumpridores dos seus deveres religiosos, mas totalmente desprovidos de dignidade, inteligência, princípios e valores humanos.

Gostaria já agora, de saber qual será a pena prevista para a mulher que recuse cumprir a lei! Será a lapidação? O açoite público? A mutilação de algum órgão? O soterramento em vida? Ou muito me engano, ou ainda deverá ser a violação em grupo...

sábado, 4 de abril de 2009

O Rapaz Do Pijama Às Riscas

Hoje à tarde comecei a ler um livro que já não consegui deixar até o terminar ainda nesta tarde! Trata-se do livro de John Boyne, «O rapaz do pijama às riscas». A obra conta a história de um menino alemão de 9 anos que vê a sua vida ser completamente alterada quando o seu pai - cuja profissão ele não sabe ao certo qual é - é destacado para um trabalho noutro lugar e toda a família o tem de acompanhar.
Este menino, Bruno, deixa assim a cidade onde vivia - Berlim - para ir viver num local donde só vê da janela do seu quarto, um grande campo em frente com muitas pessoas vestidas de pijama às riscas e braçadeira amarela...que estão sempre acompanhadas por homens como o seu pai, com um lindo uniforme e uma braçadeira vermelha, com um desenho a preto e branco...
Contudo a vida de Bruno estaria prestes a mudar ainda mais, quando decide explorar aquele campo - do lado de fora do arame farpado - e encontra um menino da sua idade e nascido no mesmo dia e mês, de nome Shmuel. Os dois meninos passam a encontrar-se diariamente - cada um de seu lado do arame - até que um dia e após muita insistência da família que queria regressar a Berlim, o pai de Bruno decide que a família iria mesmo regressar a Berlim, ficando somente ele onde estavam...na Polónia!
Assim Bruno quer despedir-se do seu amigo! Contudo este conta-lhe que o seu pai tinha desaparecido, e Bruno diz-lhe que o ajudará a encontrá-lo; mas para isso teria de passar para o lado de Shmuel! Mas Bruno não poderia andar vestido com as suas roupas, assim e para não levantar suspeitas, a ideia é Shmuel arranjar um pijama igual para Bruno poder vestir e assim poderem procurar o pai de Shmuel.
E em vésperas da partida para Berlim, Bruno aventura-se com Shmuel, sem nunca perceber bem que faziam ali aquelas pessoas, que tipo de "cidade ou campo" era aquela e porque todas tinham um ar tão esfomeado, doente e infeliz. Também não percebe porque os amigos de seu pai são tão maus para aquelas pessoas que viviam com aquele pijama imundo todos os dias...
Bruno e Shmuel tentam procurar o pai deste último, mas sem sucesso.
No entanto, chovia bastante e Bruno vai ficando cada vez mais tempo, até que se vê rodeado por um grupo de pessoas em pijama a serem levados pelos guardas amigos de seu pai, para um dos barracões... Bruno ficou contente, pensando que estava a ser protegido da chuva, e agarrando a mão do seu novo amigo, entrou com ele...para uma câmara de gás.

Bruno nunca mais voltou.

Mais tarde foram iniciadas buscas à sua procura, até que o seu pai encontra as suas roupas do lado de fora do campo, numa zona em que o arame farpado podia ser levantado na exacta medida em que só uma criança poderia passar.

A família de Bruno acaba por voltar a Berlim na esperança que o menino tivesse tentado regressar a casa, pelos seus próprios meios, mas em vão, e ainda que o seu pai tivesse percebido qual fora o destino do filho. Mais tarde, o seu pai é levado para um campo pelos soviéticos, mas aí já nada lhe importa, uma vez que perdeu o seu filho devido à sua própria crueldade..

Peço desculpa por já ter relatado o final do livro, mas quem o quiser ler ficará certamente tão maravilhosamente desolado quanto eu! No entanto, é uma interessante obra, que relata uma história irreal dentro de uma época infelizmente bem verdadeira.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Finanças Duvidosas

Há dias, ao pesquisar o novo site das finanças - site que deixa qualquer contribuinte feliz e contente e a pensar em coisas e gente boa - decidi enviar um email a solicitar ajuda sobre algumas duvidas.



O email está disponível no site para isso mesmo, tirar duvidas.


Expus algumas questões sobre a minha nova situação tributária face à minha carreira profissional; mais outras questões sobre outros assuntos da minha família, tendo o cuidado de não revelar nomes nem dados de ninguém... Apenas expus os casos e pedi ajuda para saber como proceder.


Para minha alegria - se é que se pode chamar de alegria, receber um contacto das finanças - recebi finalmente a tão desejada resposta face às minhas duvidas. Abri o email, qual não é o meu espanto ao ler a resposta dada por tal excelentíssima entidade:






«Relativamente ao conteúdo do seu mail, informo V.ª Ex.ª que deverá formular novo pedido com uma descrição completa e precisa dos factos, cujo enquadramento jurídico-fiscal pretende, acompanhado do número de identificação fiscal (NIF), conforme impõem os artigos 59º da LGT e 9.º e 12.º do Dec.-Lei n.º 463/79, de 30 de Novembro e ainda conforme orientação veiculada pelo Oficio Circulado 20083, de 12.05.2003, que pode consultar no site oficial da DGCI, no endereço www.dgci.gov.pt
Caso não seja o interessado directo na questão, deve ainda proceder à identificação dos seus representados, conforme determina o n.º 3 do artigo 68.º da Lei Geral Tributária (LGT).
Será arquivado sem mais formalidades o seu mail, por se considerar existir desinteresse e falta de colaboração da sua parte, em caso de não enviar os elementos solicitados e legalmente necessários, no prazo peremptório de 10 dias.
Mais informo que poderá obter esclarecimentos verbais sobre qualquer questão fiscal junto dos serviços de finanças, serviços de apoio presencial ao contribuinte, loja do cidadão ou call center da DGCI ligando pelo número 707 206 707.»

Claro que da minha parte as finanças nunca mais obtiveram qualquer contacto! E visto que já se passaram os 10 dias, devo estar quase a ir presa por desinteresse e falta de colaboração!! Se isto é que é a ajuda às duvidas.....Livraaaaaaaaaaaa!