segunda-feira, 31 de março de 2008

Português de Portugal

Graças ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, dentro em breve teremos de modificar manuais escolares e dicionários no sentido de nos adaptarmos às recentes alterações acordadas entre os diversos países de língua portuguesa. Engraçado é que é o português de Portugal que vai sofrer maiores alterações, o português que levou a língua a tantos povos e nações de outros continentes. Seguramente que até chegarmos ao português de hoje, também houve muita contestação por parte dos antigos, e muita revolta por verem a sua língua inferiorizar-se ao português falado em outros cantos do mundo. É precisamente o que sinto quando vejo o meu alfabeto adquirir novas letras (k, y, w), e tomo conhecimento das alterações ortográficas, como por exemplo: húmido passará a úmido; acção a ação; facto a fato; óptimo a ótimo; baptismo a batismo; acto a ato; etc. Pelo contexto teremos de perceber se estamos a falar de fato de vestir ou de ato de atar... É a mesma revolta que sinto quando se levantam vozes que pretendem mudar o Hino Português por entenderem que o mesmo evoca tempos de batalha; sem pensarem que ainda que hoje não se viva tempo de guerra, o mesmo período, único áureo de Portugal, dignificou a época dos descobrimentos e a gente corajosa que tanto conquistou além fronteiras. Mudar o Hino de Portugal é esquecer de D. Afonso Henriques a D. Manuel II! Quase me apetece desejar que nunca tivessem existido tais Homens, ou que pelo menos existindo, nunca tivessem saído de Portugal.
Porque ver um povo perder a sua história, raízes, cultura e tradição é profundamente angustiante e arrebatador. Uma nação que tem vergonha dos seus costumes tradicionais, que adopta festas típicas de outros países como se fossem seus, sendo gozado pela prática pobre e ridícula das mesmas, que modifica a sua língua, língua essa mãe que fez nascer a de outros povos, é perder a identidade perante si e perante o mundo. Recusar-me-ei a compactuar com tal diminuto valor da história de Portugal. Se esses grandes Homens de outrora fossem vivos, certamente bradariam aos céus com tamanha baixeza dos portugueses que em nome de todo um país aceitaram o mais absurdo acordo, através do qual o português falado na Europa e África se submete ao descalabro brasileiro.

Para quem quiser consultar as origens do nosso português, aqui fica um site: http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%ADngua_portuguesa

Como sempre continua a não existir qualquer referendo, mas somente um bando de ministros e deputados que entre sorrisinhos e garrafinhas de água vão permitindo que Portugal fique sem côr e sem bandeira.

sábado, 29 de março de 2008

Violência na Escola

Mais um caso de violência na escola contra professores. Solução: transferência dos alunos infractores para outro estabelecimento de ensino!
Porque a solução não passa pela educação dos meninos mimados que em casa têm paizinhos permissivos e divorciados da tarefa de educar os filhos; porque a solução não passa pelo trabalho comunitário a favor da comunidade como modo de repreensão e disciplina porque o direito à liberdade não permite tal escravatura dos meninos mimados. Porque em outros tempos de Salazar havia respeito, disciplina e autoridade. Porque hoje o tão proclamado direito à liberdade virou libertinagem e falta de consideração para com tudo e todos. Os alunos regressarão à nova escola como se nada fosse, e a professora continuará a ser gozada pela restante turma. Hoje em dia os jovens na sua maioria são obstinados, mimados e com a mania das revoltas...problema é que a revolta começa cedo em casa pela falta de atenção e ordem dos pais que a fim de não serem incomodados, tudo dão aos meninos, para os mesmos não passarem as "privações" de outrora; bens materiais, saídas à noite e dinheiro é o que se quer. No meu tempo, nem me passaria pela cabeça exigir tal coisa; começava por comer o que estava na mesa e ponto final, quanto mais exigir fosse o que fosse. Mas os meninos de hoje vivem revoltados. Nem eles sabem com o quê, nem porquê nem contra o quê, mas é bom andar-se com roupas de moda, carinha de mimo e ser-se um revoltado perante os demais.
Os meninos infractores mudam de escola, mas a violência continuará, porque a disciplina e a ordem continuam a não existir nem a vingar. Os pais demitem-se da sua função, a educação fica para a escola e para quem tem de aturar os seus filhos malcriados sempre com resposta ordinária na língua. Porque hoje temos liberdades, direitos e garantias. Porque os deveres ficam para os "atrasados" que tentam impor a ordem. Para os meninos só há liberdades e direitos. Mudança de escola e problema resolvido e voltam todos às suas vidas. Lá vão eles gozar para outro lado, enquanto que se dizem muito arrependidos a um juiz; e um psicólogo justificará o seu comportamento devido a graves problemas de infâncias infelizes que afectaram o seu pleno e saudável desenvolvimento. Problema não é só esta geração, obstinada e revoltada de mimo; mas sim a próxima geração, porque com a educação que estes têm agora, que vão eles um dia transmitir aos seus filhos?

É caso para se dizer, mudam-se as moscas mas...