Coração que bate velho de tanto chorar
Que bate devagar como que vai sufocar
Que bate acelerado como que vai matar
Sol que a pouco e pouco saiu da nuvem
Sonhando para além da margem
E que hoje se volta a esconder
Esmorecido por voltar a escurecer
Triste ira que queima a saudade
Amor profundo magoado de ruindade
Lembranças de ontem, passados distantes
Lembranças de anos que parecem instantes
Dor do adeus anunciado
Por tanto egoísmo não renunciado
Valor perdido dignidade recuperada
Amor oferecido felicidade rejeitada
Pureza maltratada e insustentável
Num vicio inquebrável
Coração rejeitado cansado de sofrer
Anos passados como se nunca fosse morrer
Um dia chegará o peso da balança
Pesará o vazio da soberba pujança