quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Amor perdido

Corpo jovem que se arrasta nas ruas sem brilhar
Coração que bate velho de tanto chorar

Que bate devagar como que vai sufocar

Que bate acelerado como que vai matar


Sol que a pouco e pouco saiu da nuvem

Sonhando para além da margem


E que hoje se volta a esconder

Esmorecido por voltar a escurecer


Triste ira que queima a saudade

Amor profundo magoado de ruindade


Lembranças de ontem, passados distantes

Lembranças de anos que parecem instantes


Dor do adeus anunciado

Por tanto egoísmo não renunciado


Valor perdido dignidade recuperada

Amor oferecido felicidade rejeitada


Pureza maltratada e insustentável

Num vicio inquebrável


Coração rejeitado cansado de sofrer

Anos passados como se nunca fosse morrer


Um dia chegará o peso da balança

Pesará o vazio da soberba pujança

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